Presente mesmo ausente;

Assisti "Pauline na praia". Não sei se na mesma sessão da garota que citou o filme na comunidade “Solitários do CCBB”. Aquele domingo chuvoso. Com o PC fora de ação e nem um dos filmes que se encontram nele podendo ver. Fiz jus a essa comunidade e fui solitário a Pauline assisti.

Um filme bem atual por falar das formas de relações. 

As pessoas julgam que namoro tem de ser X, noivado Y, ficar Z e casamento XYZ. Ninguém quer ter uma relação por situações pré-determinadas por outros. Gostei desse filme por isso. Ele discute as relações.

E sei que muita gente não gosta dele. Justamente nesse dia, Pulo Coelho falou da dele no "O Globo". Que começou do nada e ele não dava nada por ela. Sempre achando que acabaria a qualquer momento. E apesar de nesse momento ela está a oito mil quilômetros de distancia. A sua companheira, amante e amiga. Amanhã ele sabe que vai olhar para o lado e ela vai está lá. Vinte nove anos depois de um encontro numa fila. 

Sei que a amizade é muito importante. Mas está aí uma coisa que só o relacionamento afetivo entre duas pessoas pode fazer. Está presente, mesmo quando ausente.

Sempre que vou postar aqui, já venho com a música escolhida. Como esse veio de uma resposta na comunidade. Só me veio a canção depois. Assistindo hoje  o final de "Melhor É Impossível". A personagem principal disse em alto e bom som. "Porque não posso ter uma namoro ou namorado normal. Tudo normal?" A mãe dela saí pela porta a fora de diz assim: "Isso é o que todo mundo quer."  - Com aquele ar de que um namoro normal não exsista. Normal quem é? O que é? Então escolho no youtube uma que juntasse o meu idolo Cazuza e alguém que pudesse acrescentar mais ainda. Então está cantada por ela. Não me surpreendeu. Só não sabia de sua interpretação. Todo amor que hover nessa vida. E mais um pouco...

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Todo amor que houver nessa vida

Cazuza

 

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo

Com sabor de fruta mordida

Nós na batida, no embalo da rede

Matando a sede na saliva

 

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum trocado pra dar garantia

 

E ser artista no nosso convívio

Pelo inferno e céu de todo dia

Pra poesia que a gente não vive

Transformar o tédio em melodia

 

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum veneno antimonotonia

 

E se eu achar a tua fonte escondida

Te alcanço em cheio, o mel e a ferida

E o corpo inteiro como um furacão

Boca, nuca, mão e a tua mente não

 

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum remédio que me dê alegria