quinta-feira, novembro 17, 2011

Só pode fazer bem amar alguém...


Fernando Pessoa:
_ "O amor é que é essencial/
o sexo é só acidente/
pode ser igual ou diferente."


Willian Shekespeare:
_"O  tempo é muito lento para os que esperam,
muito rápido para os que têm medo.../
Muito curto para os que festejam.../
Mas, para os que amam, o tempo é eterno."


Tatiana S. Levy:
_"A gente se apaixona pelo que há de singular numa pessoa e não pela repetição de um padrão estético. A gente se apaixona pelo incompreensível, e não sabemos dizer por que nos interessamos por uma e não por outra pessoa."




quinta-feira, novembro 03, 2011

Bem...


Drummond
Que amava...

Eu amo o cinema.
Que está sempre de braços abertos:

Seja domingo ou feriado.
Seja no Natal ou Reveillon.
Seja no namoro ou na amizade.
Seja só ou acompanhado.
Seja com fome ou guloseimas.
Seja no Festival ou na pré-estréia.
Não sei se ele ama alguém.
Porém ninguém me faz tanta cia como ele.
Então o torno feminino e o chamo de sétima arte.

Mesmo sem saber se ama alguém também...

Ainda Bem

(Marisa Monte)

Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você
Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava, eu não tava a fim
Até desacreditei
De mim
O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão
Quem diria que ao meu lado
Você iría ficar
Você veio pra ficar
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim
O meu coração
Já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão
Tinha sido maltratado
Tudo se transformou
Agora você chegou
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim

sábado, setembro 24, 2011

Emoções à toa...

Hoje estou tão romântico ou contaminado pelo vírus da dor de cotovelo?
Tudo começou com o romance de Elvis & Madona, depois estive com dois namorados.

 Acordei com Roberto Carlos cantando Desabafo, em seguida ouvi um CD de Tangos Imortais. 
E agora vem a Rosiany Dias com o conselho do Chico Buarque:" Devo dizer que não vou lhe dar o enorme prazer de me ver chorar."
E tem um frase da Martha Medeiros que me tomou toda a semana:
"‎"O QUE VALE NESSA VIDA/O QUE EU LEVO/DESSE MUNDO NA SAÍDA/É O AMOR SEM CONTA..."
(Drummond de Andrade)

VOCÊ É MAIS QUE UM PROBLEMA(AMOR)/É UMA LOUCURA QUALQUER/MAIS SEMPRE ACABO EM SEUS BRAÇOS/NA HORA QUE VOCÊ QUER. ( Roberto Carlos)

-Tá de cortar os pulsos hoje...


Aprendi comigo./Melhor findar hoje. 
Para não ter o sofrimento de amanhã. 
Vem a canção e diz:" Pra que poupar coração?"
- Ainda bem que tenho amigos para ouvir/ ler os desabafos, mesmo que on line.
Graças, por isso
.

segunda-feira, setembro 19, 2011

350 filmes, vai começar a Maratona. Festival de cinema do Rio.

- A PELE de Almodóver.

- INQUIETOS de Gus Van Sant.

- DRIVE importado de Cannes.

- SILVIO FOREVER a política Itáliana de Berlusconi.

- TYRANNOSAUR de PETER MULLAN , vitorioso no Sundance.

- POST-MORTEM, pré-golpe militar no Chile.

- A SEPARAÇÃO, Ouro em Berlim.

- SARAH PALIN, seção documental Made in USA.

- FAUST, Leão de Ouro. 





http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/09/18/festival-do-rio-2011-comeca-no-dia-6-de-outubro-com-ineditos-de-scorsese-almodovar-gus-van-sant-925385674.asp


Fonte: Segundo Caderno O Globo 19/09/2011





domingo, setembro 18, 2011

O amor precisa de sorte...Exato momento

EXATO MOMENTO 
(ZÉ RICARDO)


O amor precisa da sorte
De um trato certo com o tempo
Pra que o momento do encontro
Seja pra dois o exato momento



O amor precisa de sorte 
E do barulho da chuva 
De beijos de desesperados 
De sonhos trocados 
Da ausência de culpa


Talvez o amor só seja assim pra mim. 
E pra você não seja nada disso. 
Mas eu prometo tentar, aprender a te amar
Do jeito que for preciso. 


Mas se o amor quiser 
Mudar as leis do que é certo 
Ela faz que o provável aconteça 


Quando o amor vier 
Não tema tenha fé 
Ele enchera seu olhar de esplendor e beleza 



Talvez o amor só seja assim pra mim. 
E pra você não seja nada disso. 
Mas eu prometo tentar, aprender a te amar
Do jeito que for preciso. 



segunda-feira, agosto 22, 2011

Questões

Respondi um questionário e nele vinha à pergunta. A vida tem sentido para você?

Qual sentido de ser, de está e de ficar a espera:

Do próximo CD do Chico.

Do novo filme de Spielberg.

Da coluna que vem de Caetano.

Da carta escrita ao Goldin

Da recente reflexão da Medeiro Medeiros.

Do próximo DVD Ana Carolina, se agradará o público ou a crítica.

A visita ao restaurante preferido.

À noite na moderna Lapa.

A próxima incursão de João Gilberto no Rio.

Se os amigos vão poder se reunir no próximo encontro marcado.

Querer cinema de mãos dadas.

Cia para o teatro.

Conversar durante e após as refeições.

Fica de bobeira na cama.

Alguém com quem disfarçar o decolar do avião.

Com quem achar a rua desconhecida no mapa.

Escolher a próxima viagem e o respectivo hotel.

Ouvir “Chega de saudade” e sentir tudo que o poeta quis dizer.

Brisa arrepie a sua nuca, lembrando que sem ela não tem direção e muito menos faz sentido.

Uma nau sem rumo e todos o peso do mundo nos ombros...


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Brisa Do Mar

Brisa do mar

Confidente do meu coração

Me sinto capaz de uma nova ilusão


Que também passará

Como ondas na beira de um cais

Juras, promessas, canções

Mas por onde andarás


Pra ser feliz não há uma lei

Não há porém sempre é bom

Viver a vida atento ao que diz

No fundo do peito o seu coração

E saber entender

Os segredos que ele ensinou

Mensagens sutis

Como a brisa do mar


sábado, agosto 20, 2011

Um sonho de amor


Título original: (Io Sono l'Amore)

Lançamento: 2010 (Itália)

Direção: Luca Gudagnino

Atores: Tilda Swinton, Flavio Parenti, Edoardo Gabbriellini, Alba Rohrwacher.

Duração: 120 min

Gênero: Drama

Status: Estréia





Sinopse

Milão, Itália. Mais de duas décadas atrás, Emma Recchi (Tilda Swinton) deixou a Rússia para seguir Tancredi (Pippo Delbono), que a pediu em casamento. Com o passar dos anos ela se torna mãe de três filhos, Edoardo (Flavio Parenti), Elisabetta (Alba Rohrwacher) e Gianluca (Mattia Zaccaro), e se acostuma à vida repleta de luxo mas com pouca paixão. Um dia, em meio à uma festa, ela conhece Antonio (Edoardo Gabbriellini), um cozinheiro que vai até a casa dos Recchi para entregar um bolo a Edoardo, a quem tinha acabado de vencer em uma competição. A partir de então Edoardo e Antonio se tornam bons amigos e alimentam o sonho de abrir um restaurante juntos. Emma tem contatos esporádicos com Antonio, a quem admira devido à sua dedicação à culinária. Até que, quando Emma visita a casa de Antonio na cidade de San Siro, eles iniciam um caso.


Tudo bem que o filme não é uma história linear. As coisas acontecem antes ou depois. Melancólico foi ver como é o começo de um namoro ou caso e depois ver que pode chegar ou se tornar uma família ou junta de parentes que pensam em dinheiro. Ou amores que começam daquela maneira não chegaram nunca a uma junta de parentes e venham a se tornar uma verdadeira família. I Am love...

quinta-feira, agosto 04, 2011

Isabella Taviani | Inédita: "a canção que faltava"

Ela disse que nunca esteve tão feliz e apaixonada. Foi passar no twitter música inédita na madrugada, alguém copiou e postou no You tube. É de derreter essa declaração de AMOR!


quarta-feira, junho 29, 2011

Meus amigos de agora para sempre...

Tenho uma amiga que sempre diz: Agradeço por todos os meus amigos." Gosto de dizer que eles são a família que escolhi. E agora entendo que cada um tem o seu tempo de proximidade. Nossa, descobri o que é balada, Lapa, noitadas com eles.
Poder contar com eles, até nesses lugares em que achamos que ninguém é amigo de ninguém. Vi esse vídeo e me emocionei pensando em momento com eles. Então aos meus amigos. Irmãos de alma.

terça-feira, junho 21, 2011

Amigos de cinema e de papo

Oiii,

Boa noite

Logo depois de assisti a sessão de "Sopro no coração" fui ao encontro de minha namorada. Ela perguntou qual o motivo daquele sorriso nos lábios. Respondi que fiz uma amiga. Escritora, que gosta de cinema, que gosta de falar e ser ouvida. Que gostou muito de saber das promoções dos sites de venda, principalmente no que envolve o preço reduzido dos ingressos de teatro.

Disse que ao contrário da maioria das pessoas, não respondi uma pergunta e voltei para o meu mundo e pronto, acabou. Lembrei que uma amiga que gostava de dizer, que sou generoso com as pessoas. Pois sempre estou ouvindo-as.

De encontro a isso, li a coluna de Martha Medeiros que fala justamente sobre como os japoneses tratam as pessoas. Essa foi a maior lembrança da sua visita ao Japão. Que eles estendem as duas mãos para entregar o troco. Um sinal de gratidão, respeito e reverencia pelas outras pessoas.

Citei a coluna a fim de dar a medida do quão grande e importante é amizade para mim. E quando vem do sexo feminino e de uma grandeza sem mais tamanho.

A amizade é um bem. É uma relação, nem sempre igual. Mas de colo e cuidado.

Que possa sempre ser repetir os encontros de almas amigas.

Belos dias de inverno ensolarados.



quarta-feira, junho 15, 2011

O amor é assim? Para quem...

Chorei horrores, tô chorando até agora. Sem medo das lágrimas molharem o teclado pois ele fica longe. Tanta emoção que senti. Tanta emoção deixou em mim. Sentimento que encheu minha alma. Faz aparecer que minha fé diária no amor não é em vão. Acredito nesse sentimento, tanto quanto na morte e que nem ela é capaz de dar fim a dele. Sentimento transformador dos seres, que se não o cultuam normalmente, é capaz de fazer de um soldado um Romeu. De de tornar uma bruxa má, uma Julieta. Sem palavras sim, fiquei, chorei, chorei, chorei, tanto que resolvi escrever afim de tentar se desfazer de tamanha emoção. Não deve caber bem nos dias de hoje. Corridos, estressados e ligeiros chorar por ler uma crônica que fale sobre amor, namorados, família, não só porque nasceram da mesma mãe ou moram na mesma casa. E sim porque viveram as mesmas emoções e lembram com saudade de momentos que já se foram e são filmes que passam na lembrança de todos. Só posso dizer que adorei. Muito mais do que dizer que salvou meu dia. Me dua sim mais fé no amor, seja ela da forma que for. O simples desejo de estar com alguém que se gosta de estar junto, rindo, chorando, comendo, bebendo, falando besteira, na balada ou simplesmente só se fazendo companhia.

Agradeço aos meus amigos que ouvem ou leem essas sentimentalidades.Obrigado!!!

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O amor que sabe do tempo e do vento
Histórias que não são compradas em shopping
ELIANE BRUM

Dias atrás liguei para meus pais e os dois se divertiam com as dificuldades de expressar o amor que sentem um pelo outro. Acontece o seguinte. Toda manhã meus pais acordam, mais ou menos no mesmo horário, e ficam abraçadinhos esperando o sol entrar pelas frestas da persiana enquanto conversam sobre a vida. O desafio, agora, segundo minha mãe, que é mais despachada, é encontrar uma posição em que não doa alguma parte do corpo de um e de outro. Ora é a coluna do meu pai que se anuncia, interrompendo o beijo, ora são os joelhos da minha mãe que gritam embaixo do cobertor. Então, ele aos quase 81, ela perto dos 76, gastam alguns minutos encontrando uma posição em que é possível namorar sem dor. Acabam achando. Quando não param para rir da própria condição humana, o que também provoca algumas dores.

Para mim, a imagem do dia dos namorados, essa data tão comercial que acabou de levar legiões aos shoppings, é a de meus pais achando uma posição para se abraçar entre as dores de um corpo que viveu. Acho que o amor começa com som e com fúria, mas aprende na passagem do tempo o valor das pequenas delicadezas, as manias de cada um que irritam, mas que fazem cada um ser o que é. Aquela mirada terna e quase secreta em direção ao outro que faz uma bobagem qualquer, para mim vale tanto ou mais que o furor do desejo. Aprendi isso observando meus pais, primeiro com ciúmes desse amor onde eu não cabia, porque sabiamente eles mantiveram essa parte só para eles. Depois, com curiosidade científica e, finalmente, com ternura.

Desde que me entendo por gente, meus pais namoram. O que para mim foi por muito tempo algo misterioso, que exigia uma investigação que, por medo da descoberta, eu acabava sempre postergando. Por exemplo: por que as luzes da cabeceira trocavam de cor a cada semana? Em algumas noites eram vermelhas, em outras azuis e havia até madrugadas de verde. Eu perguntava, claro que perguntava, e a resposta era verdadeira, mas convenientemente sucinta: “Para variar”.

Meu pai deve ter sido o único pai do mundo que passou pela Disney, numa inusitada viagem de trabalho, comandando uma trupe de agricultores, e voltou de lá não só com brinquedos para nós, mas com baby-dolls para a minha mãe. Baby-dolls que corariam não apenas o Mickey, mas também os piratas do Caribe.

É também o único homem que eu conheço que dá rosas para a minha mãe no “aniversário de conhecimento”. Até hoje. Sim, “aniversário de conhecimento” é uma data lá em casa. Enquanto o poste embaixo do qual trocaram sussurros supostamente castos existiu, eles faziam visitas periódicas ao poste, como uma espécie de dívida de gratidão. Depois, foram miseravelmente traídos pela prefeitura. E o banco da praça onde trocaram confidências, e possivelmente algumas inconfidências, foi parar no museu. Não por causa deles, parece óbvio para todos. Menos para nós.

Tudo começou com o que eu chamo de “tijolaço” que minha mãe acertou na cabeça do meu pai. Minha mãe se finge de ofendida, mas sei que ela gosta da minha versão. Era terrível a minha mãe. Aos 13 anos ela viu meu pai passar com seu porte de soldado de chumbo e decretou: “Este vai ser meu”. Meu pai nem desconfiava, preocupado que estava com suas obrigações no internato, ele que trabalhava duro para pagar os próprios estudos, primeiro na limpeza, depois no cuidado dos alunos. Não adivinhava, mas já tinha o futuro decidido por uma pirralha com uma trança ruiva de cada lado.

Aos 15 dela, 20 dele, ela o avistou na festa de Sete de Setembro da paróquia da igreja matriz e despachou um correio amoroso em sua direção. Correio amoroso era a versão do torpedo no século passado. Era 1950, veja bem, no interior do Rio Grande do Sul, e ela tivera o desplante de escrever essa intimação. Sutil como uma ararinha azul num filme de zumbis a minha mãe: “Se for correspondida, serei a mulher mais feliz do mundo”. Meu pai espichou um meio sorriso em sua direção, o que deve ter lhe custado mais do que o passo que Neil Armstrong daria no final da década seguinte. Meu pai só foi aprender a sorrir muito mais tarde. Ensinado, claro, pela minha mãe.

Minha mãe se tornou mesmo a mulher mais feliz do mundo. E vice-versa. E nós aprendemos a vê-los sempre de mãos dadas andando pela cidade, no seu passo só aparentemente dissonante, minha mãe mais ligeirinha, atuando no miúdo, e meu pai com passadas lentas e firmes. Meu pai passeando pelos interiores de si, minha mãe novidadeira, auscultando os arredores. E, aos finais de semana, os dois executando o balé de décadas ao caminharem de mãos entrelaçadas para espiar as vitrines das lojas, fazendo de conta que elas mudavam, se abismando ora com a boniteza das peças, ora com o preço “pela hora da morte”.

Quando eu era criança, como já contei aqui, eles cumpriam também o programa familiar do domingo, no qual éramos generosamente incluídos, e que consistia em uma volta de fusca para ver as casas bonitas da cidade pequena. Sempre as mesmas, sempre dos mesmos. Lá em Ijuí eram os médicos, os fazendeiros e os empresários que tinham se dado bem no “milagre” econômico da ditadura militar que tinham casas bonitas. O resto se virava.

A vida deu e tirou de tudo do meu pai e da minha mãe, como em geral faz com quase todos. Roubou-lhes uma filha, deu-lhes outra da pá virada, a maior parte do tempo faltou-lhes dinheiro e sobrou trabalho, suspiraram de júbilo e de tristeza talvez na mesma proporção. Por muitos anos sonharam em fugir do verão de Ijuí, de onde até o diabo escapa lá por dezembro, mas não encontravam jeito. Quando juntaram umas economias, a casa que alugaram ficava na zona rural da cidade praiana, e em vez de gaivotas tínhamos galinhas. Mas nos divertimos mesmo assim, e virou história.

Como virou história a nossa primeira ida em família a um restaurante. Chinfrim que só, mas pisávamos em nuvens com nossas roupas de aniversário e sentíamos aromas de mil e uma noites. Para mim, nunca haverá um D.O.M. ou Fasano que se equipare ao restaurante do Primo. Desde então, e até hoje, qualquer prato seguido por “à Califórnia” é sinônimo de coisa muito fina lá em casa. A gente enchia a boca para dizer “à Califórnia” E até hoje meus pais adoram coisas “à Califórnia”.

Para mim e para meus irmãos era um choque descobrir que na casa de alguns de nossos amigos os pais não se beijavam nem arrulhavam. Nós achávamos que era uma lei da natureza que determinava, geneticamente, o modus operandi dos pais. Fiquei indignada quando disseram, uns anos atrás, que Hebe Camargo tinha inventado o selinho. Todo mundo sabe que foram os meus pais.

O amor é assim. Cheio de coisas sem importância que fazem uma vida. Acho que a sabedoria dos meus pais foi ter percebido que eram essas pequenas delicadezas o que realmente importava. Que os desacertos e as trapalhadas teciam os enredos das histórias que iam bordando a nossa pequena saga. Ninguém nunca achou lá em casa que era fácil viver, por isso o difícil assustava, mas não nos metia tanto medo assim.

Gosto de pensar, quando acordo pela manhã, que meus pais estão procurando, apesar das dores de outono, uma posição para ficar abraçadinhos. E, assim, encaixados de amor, falar da vida enquanto lá fora, como Erico Verissimo tão bem percebeu, ruge o tempo e o vento, cada vez mais vorazes.


quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Vergonha tanta...

Vergonha de tanto.

Vergonha de pouco.

Vergonha de mais.

Falta de vergonha de menos.


Vergonha de ser.

Vergonha de não ser.

Vergonha de viver.

Medo de morrer.


Vergonha de mulher ser.

Vergonha de mulher estar.

Vergonha de acontecer.

Vergonha de se mostrar.


Vergonha de esta sozinha.

Vergonha de comigo está.

Vergonha de está com amiga.

Medo de sem seu amigo ficar.


Vergonha de se vestir.

Vergonha de despir.

Vergonha de vestido, de saia, de biquíni.

Medo de se mostrar.


Medo de viver.

Medo de está.

Vergonha de compartilhar.

Vergonha de arriscar.

Afim de não decepcionar.


Vergonha de ser.

Vergonha de não ser.

Vergonha de viver.

Medo de morrer.


Vergonha afim de que?

Vergonha de que tanto se esconder?

Vergonha assim para que viver?

Se assim viver, por que ter medo de morrer?

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Grupo Estação perto de um final feliz, até quando?

Só de pensar que o Odeon e O Espaço de cinema pertencem ao Grupo Severiano Ribeiro me tirá o sono. Depois de fecharem tantos cinemas. Eles querem por dividas, quem deve tem que pagar, fechar os dois cinema que significam sétima arte na minha cidade. Se ao menos eles retomassem os cinemas para deixa-los cinema. Mas não eles querem e transforma-los em tudo, menos salas de exibição.

Face: Notícia da segundo caderno de ontem sobre o Grupo Estação. De me tirar o sono foi saber que o Odeon e o Espaço ainda são do Grupo Severiano Ribeiro. Grupo que mais fechou cinemas no Rio. Tô muito triste com essa situação do Grupo Estação. Com dividas e a maior ser justamente com o Severiano Ribeiro .

Para que poupar coração...

Sem poupar coração
Nana Caymmi


Não quero mais
Ouvir quem diz
Que o amor é só
Pra ser feliz
Angústia ou paz
Prazer ou dor
Eu quero é mais
Morrer de amor

Eu quero amar demais
Sem poupar coração
Que pra mim o amor que apraz
É uma louca paixão
Um amor só satisfaz

Dia Internacional do Amor - Valentine's Day - (14/02/2011)


Xote do Edifício

Se você quiser te dou meu coração
Arranco ele do peito com canivete
Dói um pouco mais depois passa
Como tudo passa, o trilho, o trem

Se você quiser, só se você quiser
Te dou minha mão, meu pé
Uma perna, um braço
Sem eles eu passo
Sem eles eu passo muito bem

A dor que me dói, também conforta
Dói e pouco me importa então
Morrer de amor
Morrer de amor, morrer de amor

Morrer de amor não é difícil, não
Se atirar do edifício
Viver de amor é que é difícil
Se atirar

Morrer de amor não é difícil, não
Se atirar do edifício
Viver de amor é que é difícil
Se
atirar