quarta-feira, outubro 08, 2008

Como se tatuagem fosse...


Tudo e você

Corro por entre imperfeições do asfalto
Sem sentir cada passo mais molhado

Solitárias gotas se jogam do alto
Em sóbrias trajetórias
Tocam meu rosto
Misturam-se as minhas lagrimas
Azedas e doces ao mesmo tempo
Tingidas de alma
Despertam-me do delicioso pesadelo
Que mergulho a cada olhar teu
Onde toque, cheiro, sabor
Perdem qualquer sentido
O barulho do transito
Se torna mudo
Quando em um olhar vazio qualquer
Me lembro de quando imaginei seu toque em meu corpo
Me perco pela rotina diária
Tentando achar o caminho
O que parece sempre fugir
E me deixar como resposta um sonoro não
Olho lixeiras, pombos, arvores
Tudo grita para mim
Dizendo o que nunca quero aceitar
Mas não deixo de sentir
Que longe de você
Não vivo
Não penso
Não existo
Mas amo


Ana L. Sansevero - Magazine - "O Globo" (07/10)

Um comentário:

Ana Munch disse...

Olá! muitissimo obriada pelas palavra no comentario no meu blog e por favor, volte sempre =) achei fantastico o conteudo desse blog!!