terça-feira, outubro 28, 2008

Mais um amor impossível...


"Deixe Ela Entrar". Nunca tinha visto nada do diretor, Thomas Alfredson, fui assistir mais pelo fato de ser "um filme sobre crianças vampiras" (adoro vampiros, devo confessar). Mas ainda assim fui com o pé atrás. Até que me deparei com imagens como esta:

 Aparentemente esquisita, mas muito delicada, de tom sombrio, esta foto pode até assustar no começo, mas acredite, ela mostra bem a dicotomia entre os dois personagens principais. 

Um garoto fracote, que vive sofrendo abusos dos colegas de escola, e sua vizinha recém-chegada, uma garota solitária que precisa beber sangue para viver. Os planos são de uma elegância tamanha que nem de longe lembra os filmes de terror comerciais. 

Além do que, não há como não ficar encantado com essa história de amor impossível. Nada de sustos gratuitos. 

O que está em questão neste longa são os sentimentos de dois jovens que sofrem para amadurecer à duras penas e se vêem às voltas com problemas para se adaptar à sociedade tão careta e repressora. Absolutamente imperdível.

(Fernado Oliveira, de Cinemaníacos do Diário de S.Paulo)

quinta-feira, outubro 23, 2008

Porque se repete tanto essa frase?

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Vinícius de Moraes

"Cada vez que leio essa frase "Poderia morrer todos os meus amores...".

Penso que essa pessoa nunca amou.

Por que existe um tipo de vazio que só a mulher amada preenche.

A amizade vai só até onde o amigo está.

O amor da mulher te acompanha em todos os lugares.

Na falta de sono.

No sonho.

Na poesia.

Na canção.

No filme.

No teatro.

No adorar a lua.

No contemplar as estrelas.

Esqueci quem inventou essa frase no momento. Vinícius de Moraes.

Para mim ele apenas nunca amou.

E um monte de gente como ele fica repetindo a frase.

 

Minhas amigas são d+, não me canso de dizer.

Mas essa solidão. Esse vazio. Esse questionamento do que to fazendo aqui?

Só a amor de uma mulher supera."

domingo, outubro 19, 2008

Amor de perdição...

"Amor de perdição paixão que cobre
Todo o meu pobre peito pela vida afora" (Adriana Calcanhoto)



“Te

olho nos olhos e você reclama

Que

te olho muito profundamente.

Desculpa,

Tudo que vivi foi profundamente...

Eu te ensinei quem sou...

E você foi me tirando...

Os espaços entre os abraços,

Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,

Não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...

De me inventar de novo.

Desculpa...se te olho profundamente,

Rente à pele...

A ponto de ver seus ancestrais...

Nos seus traços.

A ponto de ver a estrada...

Muito antes dos seus passos.

Eu não vou separar as minhas vitórias

Dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim;

Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser

Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer

Te olhando profundamente."

(Ana Carolina)

segunda-feira, outubro 13, 2008

A maior emoção


Ganesh, o Deus meio homem meio elefante***

Ela tem tatoo até na perna.

No  braço ela tem.

Céus! É tão bom que piercing ela deve ter também.

Deve ser um sonho fazer cafuné em seus cabelos.

Na nuca nem vou falar.

Só de pensar arrepiar.

 

Japão, China, Argentina, Paris...

Rosto , seus traços, de tanto imaginar.

Viajei em emoções.

Emocionei-me em viagens.   

Ela  que foi a maior emoção do “meu” Festival.

Gostaria de saber dançar, só para uma dança convidar.

Foi a maior emoção do "meu" Festival. 



***É um dos deuses mais populares da mitologia hindu, é uma emanação dePârvatî (esposa de Xiva e a divindade feminina que personifica  a energia, o poder de Xiva, sendo igualmente o exemplo mais típico de metamorfoses da mitologia hindu).

Ganesh (ou Ganeça em português), é pequeno e atarracado, tem quatro braços, o aguilhão para conduzir os elefantes, o rosário e a tigela de esmolas, é muito comilão e guloso. O "Deus com cabeça de Elefante" é também protector dos letrados e o deus da inteligência (já que, entre outros factores, reúne o homem e o elefante, as duas criaturas mais inteligentes, segundo dados da mitologia hindu). Apesar de inteligente, Ganesh não é elitista, sempre foi muito popular, de temperamento calmo e de um extraordinário bom senso, proporciona êxito e riqueza. Teve duas esposas, Budhi e Sidhi.

Há um aspecto curioso sobre Ganesh, este é representado com um só dente, para o que existem diversas versões explicativas. Uma delas  refere que Ganesh arrancou uma de suas presas para com ela escrever o extraordinário Mahabharata à medida que Vyasa ia declamando. Mahabharata é o grande épico hindu e o mais longo épico do mundo,  ditado por Krishna-Dwaipayana Vyasa, o seu compilador. Supõe-se que terá sido escrito no séc VIII a.C.

sábado, outubro 11, 2008

FESTIVAL DE CINEMA DO RIO 2008 - Eu vi...

Quatro Noites com Anna
Titulo Original: Cztery noce z Anna
Titulo em Inglês: Four Nights with Anna


 

  





Direção:Jerzy Skolimowski
Roteiro:Jerzy Skolimowski, Ewa Piaskowska
Elenco:Artur Steranko, Kinga Preis
Fotografia:Adam Sikora
Montagem:Cezary Grzesiuk
Música:Michal Lorenc
País:França / Polônia
Ano:2008
Duração:87min
 
  

Sinopse:
 Léon é um homem 
de meia-idade que mora numa pequena cidade da Polônia e trabalha num hospital. No passado, ele foi testemunha de um estupro brutal. Agora, a jovem vítima
 Anna trabalha no mesmo hospital que ele. Léon começa a espiá-la nas ruas e em casa. Uma noite, ele entra em seu quarto apenas par
a vê-la dormir. Não satisfeito, Léon decide participar secretamente de sua vida, invadindo a intimidade da moça.


Amor e Honra
Titulo Original: Bushi no Ichibun
Titulo em Inglês: Love and Honor




 
Direção:Yoji Yamada
Roteiro:Yoji Yamada, Emiko Hiramatsu, Ichiro Yamamoto
Elenco:Takuya Kimura, Rei Dan, Takashi Sasano, Nenji Kobayashi
Fotografia:Mutsuo Naganuma
Montagem:Iwao Ishii
Música:Isao Tomita
País:Japão
Ano:2006
Duração:121min
 
  
  
 
Direção:Yoji Yamada
Roteiro:Yoji Yamada, Emiko Hiramatsu, Ichiro Yamamoto
Elenco:Takuya Kimura, Rei Dan, Takashi Sasano, Nenji Kobayashi
Fotografia:Mutsuo Naganuma
Montagem:Iwao Ishii
Música:Isao Tomita
País:Japão
Ano:2006
Duração:121min
 
  
 Sinopse:
Shinnojo, samurai de classe inferior, é o novo provador de comida em seu clã. Acidentalmente, come um peixe envenenado e perde a visão, sendo obrigado a renunciar a seu cargo. Deprimido, Shinnojo tenta se matar e só encontra conforto na devoção e lealdade de sua esposa, Kayo. Incapaz de trabalhar, ele pede a Kayo que vá até o administrador da província, Toya Shimada, pedir ajuda. Quando fica sabendo que ela está o traindo com Shimada, o samurai enlouquece de ciúme, expulsa a mulher de casa e se prepara para enfrentar o homem em um duelo


FILMES DO FESTIVAL DO RIO:
A Fronteira da Alvorada
Sol Secreto
Na cidade de Sylvia
Sob a mesma lua 
Mais tarde você vai entender...
O novo mundo
*Kabei - Nossa mãe 
Covardes 
Downloanding Nancy 
Um coração simples
Todos os meus fracassos sexuais
Adoração
Segurando as pontas(Nada para lembrar, tudo para esqueçer. Bobo)
Les amours d'Astrée de Céladon
A mulher sem cabeça
Versalhes
*Quatro noites com Anna
Julia
O renascimento
A boa vida
*Amor e honra
M - Vidas duplas
Criando laços
Sad vacation
Amorosa Soledad
Involuntário
*Paris
Duas mulheres
*The photograph
Um homem bom
O bom, o mal o bizarro
Call girl
Sujos e sábios

quarta-feira, outubro 08, 2008

Como se tatuagem fosse...


Tudo e você

Corro por entre imperfeições do asfalto
Sem sentir cada passo mais molhado

Solitárias gotas se jogam do alto
Em sóbrias trajetórias
Tocam meu rosto
Misturam-se as minhas lagrimas
Azedas e doces ao mesmo tempo
Tingidas de alma
Despertam-me do delicioso pesadelo
Que mergulho a cada olhar teu
Onde toque, cheiro, sabor
Perdem qualquer sentido
O barulho do transito
Se torna mudo
Quando em um olhar vazio qualquer
Me lembro de quando imaginei seu toque em meu corpo
Me perco pela rotina diária
Tentando achar o caminho
O que parece sempre fugir
E me deixar como resposta um sonoro não
Olho lixeiras, pombos, arvores
Tudo grita para mim
Dizendo o que nunca quero aceitar
Mas não deixo de sentir
Que longe de você
Não vivo
Não penso
Não existo
Mas amo


Ana L. Sansevero - Magazine - "O Globo" (07/10)