sábado, junho 20, 2009

Ando não vivendo, não sentindo, me impedindo...

Ando me impedindo de sonhar

De sentir, muito menos desejar.

Já que no principio foi negado o gostar.

Aquela com cabelos presos em desalinhos

Provar da sua boca

Levá-la pelas mãos

Massagear seus pés

Deitar a cabeça em sua cintura

Se deliciar em suas axilas

Despentear cabelos tantos arrumados.

Deitar a cabeça no colo, no ombro, no peito como se o momento fosse infinito.

Vê-la dormir e fingir o desejo de não tocá-la!


Por confiança, por respeito, por palavra, por amizade.

Foi negado o básico do ser , o desejo.


Olhar em diferentes direções

Ao passado deixar

O presente sentir

O futuro esperar

Só viver a emoção presente.

Já que a principio foi negado o sentir

O afeto tão sonhado

A cumplicidade almejada

A relação parceira

A junção de divergências acontecidas

Por sua palavra não voltar atrás.

Por confiança não tentar agarrar.

Por respeitar, menos a ti.

Por amizade, de quem?

No principio foi negado

A fantasia mais querida

Pois como se um só existisse, mesmo que num momento.

Cheio de escrúpulos em escrever aqui.

O que não vivi.

O que só desejei e me proibir sentir.

Esse anjo caído fora gostaria.

Apenas ele mora em mim.

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