quinta-feira, novembro 20, 2008

Como não se apegar?




Foi dito que quem se apega, desapega.

Quem desapega, chora, sofre, liga para amiga de madrugada.

Relação, qual seja, há desalinho e a eterna duvida da retribuição.

Quem espera nunca sofrer, diz sempre não.

 

Como não se apegar a sua imagem na web can?

A seu arrumar o cabelo, feitiço?

A suas pintas, encanto?

A sua nuca, pedindo carinho!

 

Como não se apegar as longos conversas no MSN?

A qual shopping , freqüentar?

A qual evento preferir?

A qual dia a Lapa não ir.

 

Como não se apegar, a conversa de como se relacionar?

Essa historia do “ficar”?

Se bom mesmo é namorar?

Como diversificar.

 

Como não se apegar, se sonhar a todos é permitido?

Andar de mãos dadas.

Espera por ela na saída do trampo.

De ser esperado por ela no final da sessão se cinema.

Do sorvete no domingo, que ela ficou de confirmar.

Dos seus cabelos poder afagar.

De fazer carinho naquele narizinho que adoro.

Daquele sorriso pequeno pela net.

De coisas outras que não quero nem pensar...

Imagino que ela seja real.

Mesmo que o sonho seja unilateral.

 

Se sonhar não custa nada.

Se sonhar é permitido.

É uma forma de acontecer.

Uma forma de viver...


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TAVA POR AÍ

Mart'nália

 

Tava por aí

Olhando, sentindo, te amando e andando

Gozando sempre

Tava mesmo por aí

Dançando, bebendo, correndo, saindo e ficando

Tomando chuva

 

Mas tudo bem, cê tava por aí também

Mas, tudo bem, eu tava por aí também

 

E foi assim que eu te encontrei

Bonita, peituda, cheirosa, pedante, teimosa

Fazendo finta

De vez em quando você vem

Chegando, bulindo, aplaudindo, somando e assumindo

Pintando a sete

 

Mas tudo bem,cê tava por aí também…

 

Sou Zé Malandro, sou de rua

e bem que eu gosto

São Jorge é quem manda na lua

me disse que eu tudo posso

A vida continua nua e crua

e muito boa

O vento é o leque da pessoa

que andava a toa

 

Mas tudo bem, cê tava por aí também…

 

Você me fez acreditar no calor de um amor do passado

que invadiu,já pintou e bordou noutras vidas

Foi refogando a minha alma com ervas daninhas

Molambo,bendita, princesa bonita, formosa que me conquistou

Mas quando o tempo fecha a ponte

eu desponto sem teto

é um pretexto pra você ficar por aí.

 

Mas tudo bem, tava por aí também


Um comentário:

Cristiane Bastos disse...

Ficou lindo o texto... eu não mereço tanto.

Bj e obrigada pelo carinho.