domingo, agosto 26, 2007

POR UM PEDAÇO DO CORAÇÃO.


Quando a filha me disse do seu desejo de ir ver Da Vinci, pensei:”Sua única chance é a promoção da JBFM”.
Desisti de ganhar ingresso para um show no Canecão, de uma das minhas cantoras preferidas e fazer um programa com a cria!
Emoção cada vez mais difícil de acontecer. Nesses dias de reives, noitadas, orkut, comunidades, MSN e etc...Tentar conseguir realizar um programa se progenitor.
Então, empenhei-me. Mais que escutar a rádio, ouvir as promoções da Casa França Brasil.
E qual não foi minha surpresa. Depois de tanto tentar ganhar para ir a apresentação da grande interprete. E ter desistido na esperança de realizar um desejo. Que só quem, não pensa em outra coisa a não ser agradas a cria, entende. Na primeira vez que tentei, fui contemplado com um par de ingressos para comparecer no Domingo próximo, à exposição das obras de Leonardo Da Vinci.
Na empolgação de ver sua reação. Pego o celular e comunico a saga do universo de nós colocar junto outra vez como “corda e caçamba”. É desafiador para mim, expressar com palavras o que senti diante da sua alegria. Só encontro uma palavra, felicidade.
Vejo-me pequeno diante do meu contentamento e ansiedade de estar com ela, para combinarmos como será nosso passeio dominical. Que não acontece desda última vez que os planetas estiveram em linha. Faz muito tempo...
Encontro com ela e vejo que seu rosto e seu olhar. Céu e paraíso para mim, não estão com a luz esperada e sempre desejada.
Com aquele jeito de quem não sabe como dizer o inevitável: “Criatura Domingo é dia de ENEM!” Como se uma nuvem viesse cobrir um belo dia de inverno ensolarado. Livre de nuvens, até ali. E até onde sei, com flores até no orkut. Uma nova configuração, como ela já me disse.
Agarro-me num único fio de esperança. Falar com alguém na rádio. Como alguém não vai entender, alguém querer fazer um programa, com a filha nos dias de hoje. Dirigi-me com a minha esperança apertadinha no peito em direção ao centro. Onde á rádio é localizada. Numa das ruas mais movimentada da cidade. Quando chego à recepção, a moça que entrega os convites não está. Repasso mais uma vez o que vou dizer. Chegando, ela senta e escuta tudo que tenho a dizer. Coisa rara nós dias de hoje. Diz que posso ir antes ou depois do ENEM. E então fecha como uma frente fria, toda minha esperança de um passeio de um dia, com um pedaço do meu coração, que não se encontra mais dentro do meu peito: - Os ingressos são contados, não pode haver troca.
Coloquei os ingressos na mochila, como se levasse toda minha frustração. Por um momento esqueci que todas as empresas se não lidam com ele ou algo semelhante a ele. Aquele sistema operacional que já está com tudo previamente programado para ser seguido. Nada de humano, nada se sentimento, tudo programado só zero ou um. Sim ou não. Ou melhor, não há tudo que desvie do esperado.
Entrei no elevador e desci ao inferno de frustração e impotência. Perguntando-me: “Como um simples não, pode destruir um sonho? Um sonho de um dia que foi programado, a ser passa do com a cria...”


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